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Festeiros e devotos comemoram tradicional Festa de Santa Cruzinha

Secretarias: Cultura e Turismo
Data de Publicação: 20 de maio de 2011

Após a novena, que começa no dia 3 de setembro, devotos e festeiros comemoram a Festa de Santa Cruzinha
 
No sábado (11) e domingo (12), acontecerá na Aldeia de Carapicuíba mais uma edição da tradicional Festa de Santa Cruzinha. A tradição, que foi trazida pelos colonizadores portugueses e realizada hoje por devotos da Aldeia de Carapicuíba, traz à lembrança a suposta descoberta da verdadeira cruz de Jesus Cristo em Jerusalém, por Santa Helena, mãe de Constantino. No Brasil ela sofreu a influência de elementos indígenas.



De acordo com a tradição, no sábado, às 19 horas, haverá o levantamento do mastro, e a apresentação da Dança de Santa Cruz ou Sabaraquê, que começa às 22 horas, e seguirá noite adentro, até a meia noite, quando será servida a tradicional gemada aos festeiros e participantes. Refeitos pela refeição, os festeiros prosseguirão na dança, até as três da madrugada, quando a tradicional Zagaia encerrará a festa.



Na manhã do domingo, será celebrada a missa em louvor à Santa Cruz, seguida depois de danças típicas e procissão. A partir das 18 horas, haverá apresentações de música raiz.



A Festa de Santa Cruz é uma tradição nascida no seio dos aldeamentos jesuíticos e conta com elementos religiosos e indígenas. Como forma de facilitar a catequese dos povos nativos da região, os jesuítas agregaram às tradicionais danças indígenas em volta da fogueira um elemento cristão – a Cruz. Assim surgiu a dança e a Festa de Santa Cruz.

A Dança de Santa Cruz ou Sarabaquê compreende três partes: Saudação, Roda e Despedida. A Saudação e Despedida são consideradas sagradas, e a Roda profana. As primeiras têm melodia que lembram os cantos gregorianos, os versos fixos e o tema devocional. São realizadas em frente à Capela, em frente ao Cruzeiro e em seguida em frente a cada casa onde tiver uma cruz. Na Roda, as melodias têm versos tradicionais ou circunstanciais, com texto jocoso ou amoroso.

Os instrumentos utilizados pelos componentes são: violas, pandeiros, cuícas e reco-recos. O ritmo é lento e repetitivo e, por esse motivo, ficou conhecido como "quinze com quinze é quinze".
 

 
Texto: Helton Alves
Fotos: Gilberto Cerri


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